top of page
NR Advogados

A epidemia silenciosa das prisões

Só no ano passado, morreram 1.773 detentos nos pres1dios brasileiros. Destas m0rtes, 10,8% (191 presos) foram por suic1di0s.


Esses índices elevados de suicídio entre detentos refletem um ambiente carcerário marcado por superlotação, condições precárias e falta de acesso a serviços de saúde mental adequados. A privação de liberdade e a sensação de desesperança são fatores que contribuem significativamente para a deterioração da saúde mental dos presos.


Nesse aspecto, a noção de necropolítica (política de morte) é utilizada para definir as ações e omissões do Estado em relação aos presos e presas, propondo um aniquilamento subjetivo desses "indesejáveis". Subjetivo pois, embora o su1cíd1o ser executado pelo indivíduo, a falta de suporte psicológico e programas de reabilitação nas prisões exacerbam a vulnerabilidade dos detentos.


A situação é agravada pela estigmatização e pelo isolamento social, que podem intensificar sentimentos de depressão e desespero. O sistema carcerário brasileiro, frequentemente criticado por suas condições inumanas, necessita urgentemente de reformas que incluam melhor gestão das unidades prisionais, ampliação dos serviços de saúde mental e políticas que visem à reabilitação e reintegração social dos presos.


Além disso, é vital destacar a quantidade de presos injustamente e aqueles que sequer foram julgados. O peso psíquico é muito grande.


Dito isso, a implementação de medidas que promovam a dignidade humana e o cuidado adequado é crucial para reduzir os índices de suicídio e melhorar as condições de vida dentro dos presídios. O setembro amarelo é o momento ideal para evidenciar essa problemática, que por muitas vezes é ignorada pelo poder público. Entretanto, é dever do Estado zelar por essas pessoas e aplicar os Direitos Humanos de maneira eficaz.

2 visualizações0 comentário

Posts Relacionados

Ver tudo

Comments


bottom of page